foto: Adriano Machado / Reuters
Na última quinta-feira (1º), o ex-presidente Fernando Collor iniciou o cumprimento de sua pena em prisão domiciliar, instalado em sua luxuosa cobertura com vista privilegiada para a praia de Ponta Verde, uma das regiões mais valorizadas de Maceió (AL). O imóvel, avaliado em cerca de R$ 9 milhões, possui quase 600 metros quadrados de área privativa, cinco dormitórios, piscina, bar e garagem para cinco veículos.
Collor havia sido detido em 24 de abril, mas conseguiu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para deixar o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira e cumprir sua pena em casa, sob alegações apresentadas pela defesa sobre sua condição de saúde e idade avançada. Moraes acolheu o pedido com base em argumentos humanitários, destacando a necessidade de cuidados médicos contínuos.
Apesar da mudança no regime de cumprimento da pena, o ministro do STF impôs restrições severas: Collor deverá usar tornozeleira eletrônica, receber visitas apenas de parentes próximos, profissionais de saúde e advogados, e teve seu passaporte retido para impedir qualquer tentativa de fuga internacional.
O apartamento onde o ex-presidente agora cumpre sua pena também está envolvido em outra disputa judicial. No fim de outubro de 2023, a Justiça do Trabalho determinou a penhora do imóvel como garantia para o pagamento de uma dívida trabalhista no valor de R$ 264 mil, decorrente de uma ação movida por um ex-funcionário de uma empresa da qual Collor é sócio.