O ex-BBB e humorista Nego Di foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo crime de estelionato, após envolvimento em um esquema de golpes aplicados por meio da loja virtual “Tadizuera”, sediada em Canoas (RS). A sentença foi proferida pela Justiça do Rio Grande do Sul e também atinge seu ex-sócio, Anderson Bonetti.
De acordo com a decisão, entre março e julho de 2021, a dupla comercializou celulares, televisores e aparelhos de ar-condicionado a preços atrativos, mas os produtos nunca foram entregues aos compradores. Tampouco houve reembolso. A juíza Patrícia Pereira Tonet classificou o golpe como bem articulado e direcionado especialmente a consumidores de baixa renda.
A magistrada destacou que Nego Di usou sua imagem pública e popularidade adquirida com o Big Brother Brasil para transmitir credibilidade ao negócio, o que aumentou o alcance do golpe. O inquérito apontou mais de 370 casos de estelionato, embora o processo tenha tramitado com base em 16 vítimas.
Nego Di chegou a ser preso em 2024, mas atualmente responde em liberdade por força de habeas corpus, com restrições judiciais, como a proibição do uso de redes sociais. Já seu ex-sócio segue preso.
Antes da condenação, o humorista já era conhecido por suas declarações polêmicas nas redes, especialmente críticas ao governo e ao sistema político, o que alimentava sua imagem de opositor direto das instituições — agora, envolto em um escândalo de grandes proporções.