Um estudo de pós-doutorado conduzido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está avaliando os benefícios da eletroestimulação de corpo inteiro em pacientes com insuficiência cardíaca. A pesquisa, liderada pela pós-doutoranda Patricia Camargo e supervisionada pela professora Audrey Borghi-Silva, do Departamento de Fisioterapia, busca verificar os impactos da técnica na capacidade funcional, composição corporal, fluxo sanguíneo e oxigenação muscular. A expectativa é que a eletroestimulação se torne uma alternativa viável para pacientes com limitações físicas severas.
A terapia, realizada em 15 sessões gratuitas e não invasivas, ocorre no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar da UFSCar. Cada sessão, com duração de 15 minutos, utiliza impulsos elétricos controlados para estimular grandes grupos musculares simultaneamente, exigindo baixo esforço físico. “Diferentemente dos exercícios convencionais, como caminhadas ou treinos aeróbicos, que podem ser desafiadores para pacientes com fadiga intensa, falta de ar ou comorbidades, a eletroestimulação permite trabalhar a musculatura de forma segura e eficaz”, explica Patricia Camargo.
A pesquisadora destaca que a técnica pode melhorar força, resistência muscular e circulação sanguínea, aumentando a tolerância ao exercício. Se comprovada sua eficácia, a eletroestimulação poderá integrar programas de reabilitação cardiovascular, especialmente para pacientes com maior comprometimento funcional. O estudo é pioneiro ao explorar esses efeitos em diferentes aspectos da insuficiência cardíaca.
Convocação de voluntários
A pesquisa recruta homens e mulheres acima de 50 anos com diagnóstico de insuficiência cardíaca. Os participantes passarão por avaliações iniciais, 15 sessões de eletroestimulação (três vezes por semana) e uma reavaliação final. Interessados podem se inscrever até 31 de agosto pelo telefone (16) 3306-6704 ou WhatsApp (16) 99635-0313. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 81516924.8.0000.5504).