Desmatamento na Amazônia sobe 17,8% e degradação dispara 329% com queimadas

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Desmatamento na Amazônia sobe 17,8% e degradação dispara 329% com queimadas

Entre agosto de 2024 e março de 2025, o desmatamento na Amazônia Legal aumentou 17,8%, segundo o Imazon. No período, 2.296 km² de floresta foram derrubados, contra 1.948 km² no mesmo intervalo anterior.

Já a degradação — danos parciais à vegetação, causados principalmente por queimadas — cresceu 329% e atingiu 34.013 km², um recorde histórico.

Os dados referem-se ao calendário anual de desmatamento, que vai de agosto a julho, devido ao regime de chuvas da região. Em março de 2025, por exemplo, o desmatamento chegou a 167 km², 35% a mais do que em março de 2024.

Desmatamento é a remoção total da vegetação para fins como agricultura ou pecuária. Já a degradação ocorre quando há impactos parciais, como extração ilegal de madeira ou queimadas, que enfraquecem a floresta sem destruí-la completamente.

Após três anos de queda, os números voltam a subir. Para Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, é preciso agir rapidamente: “Estamos em uma janela com mais chuvas, o que pode ajudar a conter o avanço, antes do período mais seco”.