O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, oficializou na terça-feira, 1º de abril de 2025, sua saída do Partido Liberal (PL) para retornar ao Partido Progressistas (PP), legenda pela qual foi eleito deputado federal em 2018. A mudança, confirmada pela equipe de Derrite e pelo PP, inclusive, sendo o partido do prefeito Netto Donato de São Carlos.
A transição foi selada após uma reunião entre o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, e Valdemar Costa Neto, em Brasília, no mesmo dia do anúncio. Segundo fontes próximas ao secretário, Derrite só aceitou a mudança com a garantia de apoio de Bolsonaro, sinalizando uma construção conjunta entre PL e PP para fortalecer a representação da direita no Senado. A expectativa é que Derrite dispute uma vaga ao Senado por São Paulo em 2026, ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também é cotado para a mesma eleição.
Ciro Nogueira celebrou o retorno de Derrite em uma publicação no X, destacando a importância do secretário para o PP. “Hoje é dia de muita alegria para mim e para toda a família Progressistas. Derrite vai voltar para nossa casa. Sou imensamente grato aos amigos Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro pelo ato de grandeza e generosidade ao liberarem o retorno do nosso querido Derrite ao Progressistas”, escreveu o senador. A movimentação reforça a aliança entre os dois partidos, que buscam consolidar nomes fortes para o pleito futuro.
Derrite, que atualmente comanda a Secretaria de Segurança Pública no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), já vinha sendo especulado como um dos possíveis candidatos da direita ao Senado. Sua saída do PL, partido ao qual se filiou após a eleição de 2018, e o retorno ao PP foram vistos como um ajuste estratégico para evitar sobreposição de candidaturas no mesmo espectro político em São Paulo.
A decisão também foi interpretada como um sinal de harmonia entre PL e PP, que, apesar de serem siglas distintas, compartilham objetivos comuns na construção de uma frente de direita competitiva. Enquanto Eduardo Bolsonaro deve representar o PL no Senado, Derrite assume o protagonismo pelo PP, ampliando as chances de ambos os partidos conquistarem cadeiras na Casa Alta em 2026. O movimento, avalizado por Bolsonaro, reforça sua influência como articulador político mesmo estando inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A volta de Derrite ao PP marca um novo capítulo em sua trajetória política e reacende debates sobre o futuro da direita em São Paulo, estado com o maior colégio eleitoral do país. Enquanto isso, as lideranças do PL e do PP já começam a traçar os próximos passos para consolidar suas estratégias rumo às eleições de 2026, com Derrite e Eduardo Bolsonaro emergindo como peças-chave nesse tabuleiro.