O custo da cesta básica subiu em 14 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em março, conforme divulgado na terça-feira (8) pela Agência Brasil. O aumento foi impulsionado pela alta nos preços de itens essenciais, como café em pó e leite integral, impactando o bolso dos consumidores em grande parte do país.
Entre as capitais com os maiores reajustes, Natal (RN) liderou com uma alta de 5,83%, seguida por Vitória (ES), com 4,92%, e Salvador (BA), com 4,73%. Já as menores variações positivas foram registradas em Florianópolis (SC), com 0,14%, e Goiânia (GO), com 0,33%. Por outro lado, três cidades apresentaram queda nos valores: Porto Alegre (RS) teve a maior redução, de 1,73%, seguida por Campo Grande (MS), com -0,74%, e Brasília (DF), com -0,15%.
A pesquisa destacou que São Paulo segue como a capital com a cesta básica mais cara do país, alcançando R$ 828,21, enquanto Aracaju (SE) registrou o menor valor, R$ 533,41. O Dieese atribuiu o encarecimento generalizado ao aumento de produtos como o café em pó, que subiu em 15 cidades, e o leite integral, com alta em 14 capitais. Outros itens, como açúcar e óleo de soja, também contribuíram para o cenário de elevação de custos.
Em contrapartida, produtos como tomate, batata e feijão apresentaram queda de preço em várias regiões, ajudando a aliviar parcialmente a pressão sobre o orçamento familiar. Ainda assim, o impacto dos alimentos que subiram prevaleceu, refletindo desafios econômicos e sazonais que afetam a produção e a oferta no mercado.
Os dados reforçam a preocupação com o poder de compra das famílias brasileiras, especialmente em um contexto de inflação persistente em itens básicos. A variação nos preços da cesta básica é um indicador chave para medir o custo de vida e orientar políticas públicas voltadas à segurança alimentar e ao combate à desigualdade.