A nota oficial do governo Lula, emitida pelo Itamaraty na sexta-feira (13), condenando os ataques de Israel ao Irã, provocou forte reação da oposição. O comunicado classificou a ação israelense — que teve como alvos bases militares e instalações nucleares iranianas — como uma “clara violação” da soberania do Irã e alertou para o risco de um conflito de “grande dimensão” no Oriente Médio.
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) foi um dos primeiros a criticar, alegando que Israel mira apenas alvos militares, enquanto o Irã atinge civis. “O Itamaraty não enxerga diferença nestas condutas, ou pior, incrivelmente condena Israel! Lula não tem moral para opinião sobre nada neste conflito”, afirmou nas redes sociais.
O Grupo Parlamentar Brasil-Israel também se manifestou com indignação. O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do grupo, disse que o governo brasileiro “se alinha aos que disseminam o terror”, em vez de defender democracias. Parlamentares como Bia Kicis (PL-DF), Messias Donato (Republicanos-ES), Ulysses (União-AC) e Sérgio Moro (União-PR) também criticaram duramente a posição oficial.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, relembrou sua relação próxima com Israel e compartilhou uma imagem ao lado de Netanyahu, reforçando o contraste entre sua política externa e a atual.
Enquanto isso, Israel mantém suas representações diplomáticas fechadas no Brasil e em diversos países, como medida de segurança diante da escalada no conflito.