A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (15), afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
A decisão foi tomada pelo desembargador Gabriel Zéfiro, atendendo a um pedido do vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, que agora assume o comando da confederação e será responsável por conduzir as próximas eleições.
Essa é a segunda vez que Ednaldo é retirado do cargo. A primeira aconteceu em 2023, após questionamentos sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a CBF e o Ministério Público do Rio em 2022, que viabilizou sua eleição para um mandato de quatro anos.
O processo atual questiona a validade da eleição de 2022 com base na capacidade mental de um dos signatários do TAC, o ex-presidente interino Coronel Nunes. Segundo laudos, Nunes apresentava déficit cognitivo desde ao menos 2018, resultado de uma cirurgia durante o tratamento de um câncer no cérebro, o que comprometeria sua aptidão para atos civis.
O desembargador considerou determinante o não comparecimento de Nunes à audiência marcada para 12 de maio, na qual sua condição seria avaliada. “Indícios. É o que temos. A prova dependeria da presença do Coronel à audiência. Ele não veio, e certamente não virá jamais. Então, trabalhemos com o que temos”, afirmou Zéfiro.