‘Congresso inimigo do povo’ domina redes em críticas

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Em sessão realizada na última quarta-feira (18), deputados e senadores derrubaram uma série de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a projetos aprovados pelo Congresso Nacional, gerando um impacto financeiro significativo para o governo e os cidadãos. As decisões, que incluem aumento do Fundo Partidário e benefícios a setores específicos, devem onerar o contribuinte, com destaque para um possível aumento de até 3% na conta de luz.

Entre os vetos rejeitados, está a isenção de novos impostos sobre consumo para fundos de investimento, como os Fundos Imobiliários (FIIs) e Fiagros, fruto de um acordo entre o governo e a bancada do agronegócio. Outro destaque foi o incremento de R$ 164,8 milhões no Fundo Partidário, com reajuste pela inflação acumulada desde 2016, garantindo mais recursos públicos para partidos políticos. Além disso, a derrubada de vetos a emendas no projeto de energia eólica offshore pode custar até R$ 197 bilhões, impulsionando projetos de pequenas centrais elétricas e eólicas no Rio Grande do Sul, com reflexo direto nas tarifas de energia.

A lista de vetos derrubados abrange ainda a isenção de registro para bioinsumos agropecuários, incentivos à importação de autopeças, regras para pesquisas com seres humanos, indenizações às vítimas do vírus Zika e a retomada de trechos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. As medidas, que ampliam despesas públicas, foram criticadas por contrariarem os esforços de contenção fiscal do governo.

Repercussão e Críticas

Nas redes sociais, a hashtag “Congresso Inimigo do Povo” ganhou força, com internautas apontando parlamentares do Centrão, direita e extrema-direita como responsáveis por decisões que prejudicam a população. Figuras como Nikolas Ferreira (PL-MG), Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foram alvos de críticas. Comentários no X destacaram contradições, como: “O Centrão exige cortes, mas aprova medidas que encarecem a luz. Lula tentou vetar, mas o povo paga a conta” e “Hugo Motta defende austeridade, mas quer somar aposentadoria a verba de deputado, criando mais rombos”.

A derrubada dos vetos intensifica o embate entre o Congresso e o Executivo, enquanto os brasileiros enfrentam o impacto financeiro das decisões. A oposição ao governo Lula, liderada por setores conservadores, celebra as vitórias legislativas, mas enfrenta crescente pressão popular por medidas que priorizem o interesse público.