Foto: Iranian Red Crescent / AFP
O confronto entre Israel e Irã entrou em seu quarto dia neste domingo (15), com novos ataques intensificando a crise no Oriente Médio. Autoridades israelenses relataram pelo menos uma morte e 93 feridos em ataques iranianos na madrugada, elevando o total de vítimas da ofensiva iniciada na sexta-feira para 13 mortos. Já o embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, informou no sábado que os bombardeios de Israel mataram 78 pessoas e feriram 320 no Irã.
Explosões voltaram a ecoar em Teerã e outras regiões iranianas na manhã de domingo. No sábado, mísseis israelenses atingiram o Ministério da Defesa em Teerã e provocaram um incêndio em depósitos de petróleo em outra cidade. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), 20 comandantes militares iranianos foram mortos desde o início da operação. A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) confirmou danos em quatro instalações nucleares iranianas, incluindo unidades de enriquecimento de urânio e produção de combustível, mas descartou riscos de contaminação radiológica.
A IAEA revelou que o Irã estava enriquecendo urânio a 60%, nível próximo ao necessário para armas nucleares, o que motivou Israel a lançar os ataques, alegando inteligência sobre a iminência de uma bomba atômica iraniana. Enquanto equipes de resgate atuam nos escombros em ambos os países, a retórica bélica escala. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu a operação em pronunciamento, enquanto o Irã suspendeu negociações nucleares com os EUA, que exigiam a paralisação total do enriquecimento de urânio em troca da suspensão de sanções econômicas.
A escalada militar ameaça desestabilizar ainda mais a região, com líderes globais pedindo contenção, mas sem sinais de trégua iminente.