Uma medida provisória elaborada pelo governo federal prevê a ampliação da isenção na conta de luz para até 60 milhões de brasileiros de baixa renda.
A proposta faz parte de uma reforma do setor elétrico e garante gratuidade total para famílias que consomem até 80 kWh por mês e estejam inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo por pessoa, além de beneficiar indígenas, quilombolas, idosos e pessoas com deficiência que recebem o BPC.
Segundo estudo da consultoria Volt Robotics, a medida pode elevar o custo da energia para grandes consumidores — como indústrias — em até 12%. Já a classe média, embora sofra impacto menor, também será afetada, arcando com parte dos R$ 11,5 bilhões estimados para cobrir os subsídios, mais que o dobro do valor atual de R$ 6 bilhões.
Apesar de a reforma prever queda de até 16% na conta para pequenos consumidores a partir de 2028, essa vantagem só será válida para quem migrar ao mercado livre de energia. Além disso, o estudo aponta que os descontos dados a usinas incentivadas, como eólicas e solares, devem ser reduzidos, tirando atratividade desses investimentos.