O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concluiu, na noite deste domingo (13), uma cirurgia de cerca de 11 horas no Hospital DF Star, em Brasília, para uma cirurgia de laparotomia exploradoral. O procedimento, iniciado pela manhã, foi necessário para liberar as pressões intestinais e reconstruir a parede abdominal, consequências decorrentes das múltiplas intervenções cirúrgicas realizadas desde a facada sofrida por ele em 2018, durante a campanha eleitoral. Segundo boletim médico, Bolsonaro está clinicamente estável, sem dores, e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A cirurgia, cirúrgica como de grande porte, transcorreu sem intercorrências e não transfusão de sangue. A obstrução foi causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal, problema resolvido durante a liberação das aderências. “Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e toda glória”, declarou Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, em suas redes sociais, ao anunciar o término do procedimento. Ela informou que os sinais clínicos do ex-presidente resultaram ao longo da operação.
Bolsonaro foi internado na sexta-feira (11) após sentir fortes dores abdominais durante um evento político no interior do Rio Grande do Norte. Atendido inicialmente em Santa Cruz (RN), foi transferido para Natal e, posteriormente, levado para Brasília em uma UTI aérea. Os exames confirmaram a persistência da suboclusão intestinal, o que levou à decisão pela cirurgia. O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, descreveu o quadro como o mais grave desde o atentado de 2018.
A equipe médica, liderada por Birolini e composta pelos cardiologistas Leandro Echenique e Ricardo Camarinha, além dos diretores do hospital Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, realizará uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (14) para atualizar o estado de saúde do ex-presidente. Ainda não há previsão de alta hospitalar, e Bolsonaro segue sob cuidados intensivos, com suporte clínico, nutricional e medidas de prevenção de infecções.
Apoiadores do ex-presidente realizaram vigílias e orações em frente ao hospital durante o procedimento, com a presença de figuras como a senadora Damares Alves (Republicanos). Desde o atentado, Bolsonaro já passou por seis cirurgias relacionadas ao ferimento abdominal, o que tornou seu quadro suscetível a complicações como aderências e obstruções.