A estratégia do governo para conter críticas à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, acabou se voltando contra seus idealizadores. A campanha #EstouComJanja, criada após repercussões negativas da participação de Janja em um jantar com o presidente chinês Xi Jinping, teve baixa adesão e impacto quase nulo nas redes sociais. No Instagram, somaram-se menos de 100 postagens com a hashtag; no X (antigo Twitter), a iniciativa sequer entrou nos trending topics.
Nem mesmo o apoio de nomes de peso do PT, como Gleisi Hoffmann e Humberto Costa, conseguiu impulsionar o movimento. O resultado evidencia a dificuldade do governo em gerar engajamento espontâneo online — um contraste marcante frente à atuação ágil e comunicativa de seus opositores nas plataformas digitais.
Além do desempenho pífio, a ação acabou por evidenciar o isolamento simbólico de Janja. Apesar de acompanhar o presidente em compromissos oficiais, ela ainda encontra resistência dentro do próprio partido, onde sua atuação política não é plenamente legitimada. A tentativa de fortalecê-la na arena pública revelou, ao contrário, as fragilidades de sua imagem e da estratégia de comunicação do Planalto.