O preço do café moído acumula alta de 77,78% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE. Apenas em 2025, a elevação chega a 30%, com aumento de 8% só entre fevereiro e março.
A disparada do produto, é resultado da redução da oferta global e da valorização internacional do grão, principalmente após a quebra de safra no Vietnã — segundo maior produtor do mundo — causada por condições climáticas adversas.
No Brasil, o cenário também não é favorável. A produção nacional de café deve cair 5,8% em relação ao ano anterior, segundo estimativa do próprio IBGE. A safra de café arábica, que representa a maior parte da produção, deve ter uma queda de 10,6% em 2025.
O órgão destaca que este é um ano de bienalidade negativa da planta, quando a produtividade naturalmente recua, agravada ainda pelo calor intenso e períodos de seca registrados em 2024.
Além dos fatores climáticos, o setor enfrenta aumento nos custos logísticos, provocado principalmente pelos conflitos no Oriente Médio, que impactam o transporte internacional e o preço dos contêineres.
A demanda elevada também pressiona os preços: o café é a segunda bebida mais consumida do mundo, atrás apenas da água, e o Brasil tem expandido sua exportação, o que reduz a oferta interna.