Líderes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram hoje a Declaração da 17ª Cúpula do bloco, realizada no Rio de Janeiro sob a liderança brasileira. O documento reforça a necessidade de um sistema global mais justo e inclusivo, destacando o compromisso com o multilateralismo e a reformulação da governança internacional, com foco na ampliação da representatividade de nações emergentes.
A declaração enfatiza a centralidade da Organização das Nações Unidas (ONU) no sistema internacional, defendendo o respeito aos princípios da Carta da ONU. Os líderes cobraram uma reforma ampla do Conselho de Segurança para torná-lo mais apto a enfrentar desafios globais e dar voz a países da África, Ásia e América Latina, incluindo membros do BRICS, nos assuntos internacionais.
O evento marcou a oficialização da Indonésia como novo membro pleno do bloco e reconheceu Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Nigéria, Malásia, Tailândia, Vietnã, Uganda e Uzbequistão como nações parceiras. Além disso, foram lançadas iniciativas estratégicas, como a Declaração-Marco sobre Finanças Climáticas, a Declaração sobre Governança Global da Inteligência Artificial e a Parceria do BRICS para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, reforçando o compromisso com soluções sustentáveis e inclusivas.
“Estamos construindo um futuro mais equitativo e colaborativo, com ações concretas para enfrentar questões globais urgentes,” afirmou a presidência brasileira no comunicado. A cúpula, realizada no Pier Mauá, reuniu chefes de Estado e representantes empresariais, consolidando o papel do BRICS na promoção de um sistema internacional mais democrático e representativo.