Brasil registra 806,2 mil hectares queimados nos primeiros dois meses de 2025

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil enfrentou um início de ano marcado por intensos incêndios florestais, com um total de 806,2 mil hectares de áreas devastadas pelo fogo nos meses de janeiro e fevereiro, conforme dados divulgados pela plataforma MapBiomas. O número, embora elevado, representa uma redução de 59,7% em comparação com o mesmo período de 2024, quando as queimadas consumiram uma área significativamente maior.

A Amazônia concentrou a maior parte dos danos, com o estado de Roraima emergindo como o epicentro da devastação em fevereiro. A combinação de fatores climáticos, como a persistência de condições secas em algumas regiões, e atividades humanas segue como principal causa dos incêndios, que ameaçam a biodiversidade e agravam os desafios ambientais do país. Apesar da diminuição em relação ao ano anterior, os números ainda acendem um alerta para a necessidade de medidas preventivas mais eficazes.

As autoridades ambientais destacam que a redução observada pode ser atribuída a ações de fiscalização e ao fortalecimento de políticas de combate ao fogo, implementadas desde o ano passado. Contudo, especialistas apontam que a extensão das áreas queimadas nos dois primeiros meses de 2025 reflete a vulnerabilidade dos biomas brasileiros, especialmente em um contexto de mudanças climáticas que intensificam períodos de seca.

O MapBiomas, iniciativa que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia para monitoramento de dados ambientais, continua acompanhando a situação em tempo real por meio de imagens de satélite. Os dados reforçam a urgência de estratégias integradas entre governo, sociedade civil e setor privado para mitigar os impactos dos incêndios e proteger os ecossistemas nacionais.

Enquanto o ano avança, a expectativa é que a temporada de chuvas contribua para aliviar a pressão sobre as áreas mais afetadas, mas o histórico de queimadas no país sugere que o combate ao fogo será um desafio contínuo ao longo de 2025. A situação ambiental brasileira segue no radar de organizações nacionais e internacionais, especialmente com o Brasil sediando a COP30 em novembro, em Belém, no Pará.