O Brasil alcançou um feito histórico na saúde pública ao reduzir a transmissão vertical do HIV, que ocorre de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. Nos últimos dois anos, o país sofreu uma taxa de transmissão para menos de 2%, com uma incidência de infecção em crianças inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos em 2023. Com isso, tornou-se o maior país do mundo a atingir a meta estabelecida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), integrando um seleto grupo de 20 nações que eliminaram esse tipo de transmissão.
O marco foi oficializado com a entrega do relatório pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, à Opas. Em publicação nas redes sociais, Padilha celebrou a conquista, atribuindo o sucesso à integração de esforços do Sistema Único de Saúde (SUS), da pesquisa científica, do ativismo social e de políticas públicas consolidadas ao longo de décadas. “É uma vitória histórica do SUS, que reforça nosso compromisso com o enfrentamento às infecções sexualmente transmissíveis”, afirmou.
A redução drástica da transmissão vertical reflete avanços em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento antirretroviral, que garantem a saúde de mães e bebês. O resultado posiciona o Brasil como referência global em saúde pública e fortalece a agenda para combater outros desafios epidemiológicos no país.