A proposta de aumentar o número de deputados federais em discussão na Câmara pode gerar um gasto extra de R$ 39,1 milhões por ano, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). O plano é ampliar o total de parlamentares de 513 para 527, uma adição de 14 cadeiras.
A medida surge como alternativa para atender a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a atualização da distribuição de vagas por estado com base no Censo 2022. O prazo final para essa definição é 30 de junho de 2025. Caso o Congresso não cumpra a exigência, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizar a redistribuição.
Atualmente, cada deputado custa cerca de R$ 230 mil por mês aos cofres públicos — incluindo salário, verba de gabinete, auxílio-moradia e cota parlamentar. Com os 513 atuais, o gasto anual ultrapassa R$ 1,4 bilhão. A inclusão de 14 novos parlamentares aumentaria esse valor em 2,73%.
O relator da proposta afirma que busca uma forma de realocar recursos para evitar aumento real nos gastos públicos. Ainda assim, o projeto levanta debate sobre o impacto financeiro em meio a um cenário de contenção de despesas.
Vale lembrar, que o Brasil já tem o segundo Congresso Nacional mais caro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados da União Interparlamentar.