Árvore centenária é suprimida na região central

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Árvore centenária é suprimida na região central

Uma árvore centenária da espécie Ficus, popularmente conhecida como árvore-da-borracha, está sendo cortada nesta segunda-feira (24) na praça localizada em frente à Catedral de São Carlos e à Secretaria Municipal de Educação. A decisão foi tomada após a constatação de que a planta, já em estado senil e doente, apresentava sinais avançados de necrosamento, com partes começando a secar, representando um risco à segurança pública.

Há poucos dias, um incidente alertou as autoridades: um galho de grandes proporções caiu sobre um carro estacionado na praça. Felizmente, ninguém se feriu, mas o episódio acelerou a avaliação técnica da árvore. Especialistas da Secretaria Municipal de Meio Ambiente confirmaram que o Ficus, com mais de um século de existência, estava em processo de deterioração irreversível, com comprometimento estrutural que poderia levar a novos desabamentos.

A supressão da árvore marca o fim de uma história que atravessou gerações. Testemunha silenciosa de mudanças na cidade, o Ficus foi cenário de incontáveis momentos para os moradores de São Carlos – desde crianças que brincaram à sua sombra até idosos que a viram crescer ao longo de décadas. “Quantas gerações passaram por aqui e olharam pra essa árvore? Ela fez parte da vida de tanta gente”, refletiu Maria Aparecida, de 72 anos, enquanto observava o trabalho das equipes de corte.

A operação de remoção, iniciada nas primeiras horas da manhã, mobilizou funcionários da prefeitura e atraiu curiosos ao local. O local foi isolado para garantir a segurança durante o procedimento, que deve se estender ao longo do dia devido ao porte da árvore.

O caso reacende debates sobre a preservação de árvores históricas e os desafios de mantê-las em ambientes urbanos. Embora o Ficus tenha sido um símbolo da praça por tanto tempo, sua condição atual deixou claro que a segurança da população precisava ser priorizada.

Com o outono trazendo um clima mais ameno a São Carlos, a cidade se despede de um marco natural que, por mais de cem anos, integrou a paisagem e a memória coletiva. A supressão do Ficus não apaga sua história, mas abre espaço para reflexões sobre renovação e cuidado com o patrimônio ambiental da região.