O governo argentino anunciou, nesta quinta-feira (22), um plano que permitirá à população utilizar dólares guardados sem precisar declarar a origem do dinheiro. A proposta, chamada de “Plano para a Reparação Histórica da Poupança dos Argentinos”, visa incentivar o consumo e movimentar a economia.
Segundo o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, o presidente Javier Milei assinará um decreto e enviará um projeto de lei ao Congresso com o objetivo de eliminar controles e regulamentações sobre a poupança. A medida busca facilitar o uso de dólares para a compra de eletrodomésticos, imóveis, veículos e outros bens, sem que os cidadãos precisem dar explicações ao Estado.
O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que a liberação pode impulsionar o crescimento do país. Em entrevista, ele destacou que, caso a atividade econômica cresça entre 6% e 8%, o governo devolverá entre US$ 420 bilhões e US$ 550 bilhões ao setor privado por meio de cortes de impostos.
Caputo também lembrou que os argentinos têm entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões “debaixo do colchão”, o que representa até 66% do PIB do país, estimado em US$ 600 bilhões. Segundo ele, liberar esses valores para circulação pode gerar uma forte aceleração do crescimento econômico.