Alimentação básica consome mais da metade do salário mínimo no Brasil

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Alimentação básica consome mais da metade do salário mínimo no Brasil

O bolso do trabalhador que recebe um salário mínimo continua apertado.

Segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgado em abril, os itens da cesta básica comprometeram 52,24% da renda líquida dos brasileiros que ganham o piso nacional, que atualmente é de R$ 1.518.

Esse valor considera o desconto de 7,5% do INSS. Em fevereiro, o comprometimento foi de 51,46%, e em março do ano passado, de 53,29%.

São Paulo teve a cesta mais cara em março de 2025, custando R$ 880,72, alta de 2,35% em relação a fevereiro e de 8,30% na comparação anual. Aracaju apresentou o menor valor: R$ 569,48.

Dos 13 produtos analisados, sete ficaram mais caros no mês: tomate (25,91%), açúcar (9,71%), feijão (6,24%), arroz (4,65%), café (3,92%), farinha de trigo (0,44%) e manteiga (0,27%). Os outros seis caíram, com destaque para a batata (-3,09%) e o leite (-1,73%).

Ainda segundo pesquisa do Dieese, o salário mínimo ideal no Brasil deveria ser de R$ 7.400. No entanto, o projeto de lei enviado pelo presidente Lula na última terça-feira (15) prevê um reajuste de 7,4% para 2026, elevando o piso para R$ 1.630.