Um grupo de cientistas japoneses está desenvolvendo um medicamento capaz de regenerar dentes perdidos, o que pode representar o fim das dentaduras e implantes. O remédio já foi testado com sucesso em ratos e furões, conseguindo fazer nascer novos dentes sem efeitos colaterais relevantes.
A inovação atua bloqueando o gene USAG-1, responsável por inibir o crescimento dentário. Ao desativar esse gene, aumenta-se a ação da proteína morfogênica óssea (BMP), que estimula o surgimento de novos dentes.
Inicialmente, o foco dos pesquisadores está em pacientes com doenças congênitas que impedem o nascimento de dentes, mas o objetivo futuro é ampliar o uso para quem perdeu dentes por cáries ou traumas.
“Esperamos que o medicamento se torne uma terceira alternativa, além das dentaduras e implantes”, afirma Katsu Takahashi, líder do estudo e chefe de odontologia do Hospital Kitano.
No Brasil, a demanda é alta: segundo o IBGE, 34 milhões de adultos já perderam 13 ou mais dentes, e 14 milhões vivem totalmente desdentados.
Se os testes em humanos forem bem-sucedidos, o tratamento poderá chegar ao mercado em 2030, marcando uma revolução na odontologia.