A febre dos bebês reborn: afeto ou escapismo?

bebe reborn
A febre dos bebês reborn: afeto ou escapismo?

Você já ouviu falar dos bebês reborn? São bonecas hiper-realistas feitas de vinil ou silicone que imitam recém-nascidos com riqueza de detalhes: veias, marquinhas, cílios, unhas e até o peso semelhante ao de um bebê real.

Embora tenham surgido como peças de arte ou fins terapêuticos, elas conquistaram um público cada vez maior — especialmente mulheres que, por diversos motivos, não desejam ter filhos reais.

Para algumas, é uma forma de viver a maternidade sem as exigências do dia a dia. Para outras, uma tentativa de lidar com traumas ou perdas profundas. Os valores variam: de R$ 500 até R$ 5 mil.

O fenômeno ultrapassou o colecionismo: vídeos com festas de aniversário, passeios e até simulações de partos tomaram conta das redes. Um dos mais virais é o da influenciadora Carol Sweet, que encenou um parto completo com bisturi, luvas e placenta cenográfica — ultrapassando 115 milhões de visualizações no TikTok.

A tendência chegou até os famosos: Britney Spears, Nicole Bahls e até Padre Fábio de Melo já “adotaram” bebês reborn, alimentando ainda mais o debate.

Mas até que ponto tudo isso é saudável? Ter uma boneca como apoio emocional ou hobby é uma coisa. Recriar a experiência da maternidade com rotinas completas e vínculos simbólicos pode indicar algo mais profundo.

Estamos diante de uma nova forma de afeto… ou flertando com o escapismo? Comente o que você pensa sobre isso.